domingo, 22 de dezembro de 2013
sábado, 14 de dezembro de 2013
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Poema do mês de novembro
NEVOEIRO
Nem rei nem lei, nem
paz nem guerra,
Define com perfil e
ser
Este fulgor baço da
terra
Que é Portugal a
entristecer –
Brilho sem luz e sem
arder,
Como o que o fogo -
fátuo encerra.
Ninguém sabe que
coisa quer,
Ninguém conhece que
alma tem,
Nem o que é mal nem
o que é bem.
(Que ânsia distante
perto chora?)
Tudo é incerto e
derradeiro.
Tudo é disperso,
nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és
nevoeiro...
É a hora!
Mensagem, Fernando Pessoa
Livros do mês de novembro
Há pessoas que passam no mundo como
cometas brilhantes e as suas existências nunca serão esquecidas. Aristides de
Sousa Mendes foi uma dessas pessoas. Cônsul brilhante, marido feliz, pai
orgulhoso, teve a sua vida destruída quando, para salvar 30.000 vidas, ousou
desafiar as ordens de Salazar.
Cônsul em Bordéus durante a Segunda Guerra, é
procurado por milhares de refugiados para quem um visto para Portugal é a única
salvação. Sem ele, morrerão às mãos dos alemães. Infelizmente, Salazar,
adivinhando as enchentes nos consulados portugueses, proibira a concessão de
vistos a estrangeiros de nacionalidade indefinida e judeus.
Sob os bombardeamentos alemães, espremido
entre as ameaças de Salazar, as súplicas dos refugiados e sua consciência,
Aristides sente-se enlouquecer. E então toma a grande decisão da sua vida:
passar vistos a todos quantos os pedirem. Salvará 30.000 inocentes mas
destruirá irremediavelmente a sua vida.
Sónia Louro nasceu em 1976, em
França. Desde cedo apaixonada pelas Ciências e pela Literatura, acabou por
optar academicamente pela primeira, mas nunca abandonou a sua outra paixão.
Licenciou-se em Biologia Marinha, mas não perdeu de vista a Literatura, à qual
veio depois a aliar um outro interesse: a História. Fruto desse casamento, este
é o seu segundo romance histórico.
Mais do que um livro de fantasia e aventura, Portas Mágicas
narra a extraordinária transformação interna de uma adolescente deprimida e
insegura numa jovem confiante e preparada para enfrentar os desafios da vida
adulta. No final da demanda, Sara aprende a derradeira lição: que a magia
prevalece sempre que abrimos portas para mundos de inefável beleza, onde nos
permitimos ser quem somos e onde a vida acontece.
Nesta obra, magnificamente ilustrada por Fátima Afonso,
encontramos dois dos mais belos contos escritos para a infância: O Gigante
Egoísta e O Príncipe Feliz. Neles, Oscar Wilde lembra-nos que só através do
Amor e da Partilha podemos alcançar a felicidade e fazermos com que a Primavera
chegue a todos os corações, criando o Paraíso na Terra.
Oscar Wilde foi talvez o mais importante dramaturgo da época vitoriana. Criador do movimento
dândi, que defendia o belo e o culto da beleza como um antídoto para os horrores da época industrial, Wilde publicou a sua primeira obra em 1881, a que se seguiram duas peças de teatro. A partir de 1887 iniciou uma fase de produção literária intensa, em que escreveu diversos contos, peças de teatro, como A Importância de se Chamar Ernesto, e um romance. Em 1895, foi acusado de homossexualidade e violentamente atacado pela imprensa, tendo-se envolvido num processo que o levou à prisão. Morreu em Paris em 1900.
dândi, que defendia o belo e o culto da beleza como um antídoto para os horrores da época industrial, Wilde publicou a sua primeira obra em 1881, a que se seguiram duas peças de teatro. A partir de 1887 iniciou uma fase de produção literária intensa, em que escreveu diversos contos, peças de teatro, como A Importância de se Chamar Ernesto, e um romance. Em 1895, foi acusado de homossexualidade e violentamente atacado pela imprensa, tendo-se envolvido num processo que o levou à prisão. Morreu em Paris em 1900.
Filme do mês de novembro
Filme baseado na história real do
estudante e jogador de futebol americano Ernie Davis (1939-1963), o primeiro
afro-americano a ganhar o Troféu Heisman. Dos tempos de infância em que vivia
com os avós na Pensilvânia, sujeito ao racismo dos vizinhos, até à mudança com
a mãe para Nova Iorque, onde integra a equipa da Universidade de Siracusa pela
mão do lendário treinador Ben Schwartzwalder e se torna um dos maiores «backs»
da história. Conhecido também pela defesa dos direitos civis e pela igualdade
dentro e fora do campo, Ernie Davis é ainda hoje uma fonte de inspiração.
Realização: Gary Fleder
Atores: Dennis Quaid, Rob Brown,
Omar Benson Miller, Aunjanue Ellis, Clancy Brown, Darrin Dewitt Henson, Saul
Rubinek, Nelsan Ellis, Charles S. Dutton
Duração: 124 minutos
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Livro do mês de outubro
«Muitos anos depois, diante do
pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela
tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo.» Com estas palavras - tão
célebres já como as palavras iniciais do Dom
Quixote ou de À Procura do Tempo
Perdido - começam estes Cem Anos de Solidão, obra-prima da literatura
contemporânea, traduzida em todas as línguas do mundo, que consagrou
definitivamente Gabriel García Marquez como um dos maiores escritores do nosso
tempo. A fabulosa aventura da família Buendía-Iguarán com os seus milagres,
fantasias, obsessões, tragédias, incestos, adultérios, rebeldias, descobertas e
condenações são a representação ao mesmo tempo do mito e da história, da
tragédia e do amor do mundo inteiro.
Escritor colombiano nascido a 6 de Março de
1928, em Aracataca, um pequeno entreposto do comércio de bananas. Desde logo
deixado ao cuidado dos seus avós, um coronel na reserva, ex-combatente na
guerra civil, e uma apaixonada pelas tradições orais indígenas, estudou na
austeridade de um colégio de jesuítas.
Terminando os seus estudos secundários,
ingressou no curso de Direito da Universidade de Bogotá, mas não o chegou a
concluir. Fascinado pela escrita, transferiu-se para a Universidade de
Cartagena, onde recebeu preparação académica em Jornalismo. Publicou o seu
primeiro conto, "La Hojarasca", em 1947. No ano seguinte, deu início
a uma carreira como jornalista, colaborando com inúmeras publicações
sul-americanas. No ano de 1954 foi enviado para Roma, como correspondente do
jornal El Espectador mas, pouco tempo
depois, o regime ditatorial colombiano encerrou a redação, o que contribuiu
para que Márquez continuasse na Europa, sentindo-se mais seguro longe do seu
país. Em 1955, publicou o seu primeiro livro, uma coletânea de contos que já
haviam aparecido em publicações periódicas, e que levou o título do mais
famoso, "La Hojarasca". Passando despercebida pelo olhar da crítica,
a obra inclui contos que lidam compassivamente com a realidade rural da
Colômbia. Em 1967, publicou a sua obra mais conhecida, o romance "Cien
Años De Soledad" ("Cem Anos de Solidão"), romance que se tornou
num marco considerável no estilo denominado como realismo mágico. Em "El
Otoño Del Patriarca" (1977), Márquez conta a história de um patriarca,
cuja notícia da morte origina uma autêntica luta de poder.
Uma outra obra tida entre as melhores do
escritor é "Crónica De Una Muerte Anunciada" (1981, "Crónica de
uma Morte Anunciada"), romance que descreve o assassinato de um homem em
consequência da violação de um código de honra. Depois de "El Amor En Los
Tiempos De Cólera" (1985, "Amor em Tempos de Cólera"), o autor
publicou "El General En Su Laberinto" (1989), obra que conta a
história da derradeira viagem de Simão Bolívar para jusante do Rio Magdalena.
Em 2003, as Publicações D. Quixote editam, deste autor, "Viver para
Contá-la", um volume de memórias de Gabriel García Márquez onde o autor
descreve parte da sua vida.
Gabriel García Márquez foi galardoado com o
Prémio Nobel da Literatura em 1982.
«O leitor vai-se encontrar com a
história comovente do menino Zezé, de seis anos, garoto pobre, inteligente,
sensível e carente. Carente de um afeto que não encontra na família, o
endiabrado garoto sai pelas ruas fazendo mil travessuras...».
É um livro extremamente marcante,
comovente e triste. Marcante pela ironia da sua história, comovente pela
simplicidade transmitida e com que é escrito e triste pela dor e pelas perdas
retratadas. Com uma mescla de turbulentas emoções e pequenas conquistas e
vitórias, vividas pelas personagens, que vêm ao rubro de forma simples e
eloquente em cada palavra, sentimo-nos como se também participássemos na
história. Neste livro o mais importante não são os grandes feitos ou qualquer
outro ato considerado por nós, na nossa cegueira e egocentrismo, digno e
merecedor de importância, mas as pequenas coisas, que no fundo acabam por ser
as mais bonitas e importantes; as pequenas vitórias; a dor e a conquista, do
mundo real e da vida real, que acabam por ter uma fantasia mais doce e bonita e
um misticismo mais profundo, do que as grandes lendas ou histórias, apenas pelo
que são.
O Castelo dos Livros é um livro ilustrado pela talentosa Cristina Malaquias que se destina a
um público um pouco mais novo do que o das outras obras da autora (7 a 10
anos). O livro conta uma história muito bonita: a história de Inês, uma menina
que tinha o sonho de vir a ser sábia e, um dia, descobriu o fantástico tesouro
escondido no Castelo da Montanha Azul, com as suas quatro torres, e de Teresa,
que tinha o sonho de ser livre e, a certa altura, descobriu um tesouro especial
guardado na sua alma cheia de histórias (uma delas sobre um terrível dragão)...
Inês e Teresa gostam muito de livros. Pouco a pouco, vão-se conhecendo e
ficando grandes amigas. Assim, juntas, vencem o medo e tornam-se guardiãs das
quatro torres mágicas: a Torre dos Arrepios, a Torre das Asas, a Torre do Céu e
a Torre Dourado.
Maria Teresa Maia Gonzalez,
licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, coautora da coleção "O Clube
das Chaves", é autora de inúmeras outras obras, incluindo vários títulos
premiados. "A Lua de Joana", o seu maior sucesso editorial, já conta
com 16 edições e 220 000 exemplares vendidos. O seu livro, "O Pai no
Tecto", tem sido igualmente bem recebido pelos jovens leitores e
professores.
É uma das mais vendidas e prestigiadas autoras
portuguesas de livros dedicados a crianças e jovens adolescentes.
Poema do mês de outubro
Poema da Biblioteca
Sou cheia de cavidades, conteúdos, somas
Tábuas paralelas, segurando sonhos Sou alta, larga, profunda – com glórias
Carrego das vidas, todas as histórias
Sou aquela que registra a própria civilização
Sou mais importante do que o pão
Sou forte, plena cortejada e vaidosa
Sou cheia de luz, em verso e prosa
Tenho brilho por ter romance de alguém
Sou altamente cultural também
Sou a que guarda os tesouros da terra
O Reino das palavras, na Paz e na guerra
Sou a que só se desfaz por acidente
Por incêndio - ou demente
Tenho páginas de rostos no meu Ser
Em belo acervo de aventura e prazer
Sou a que é certa por linhas certas
O mundo mágico dos Poetas Sou a maravilhosa biblioteca
Reino da fantasia para mentes abertas.
Silas Corrêa Leite
Educador,
Jornalista Comunitário e Conselheiro em Direitos Humanos, começou a escrever
aos 16 anos no jornal “O Guarani” de Itararé-SP. Fez Direito e Geografia, é
Especialista em Educação (Mackenzie), com extensão universitária em Literatura
na Comunicação (ECA). Autor entre outros de “Porta-Lapsos”, Poemas, Editora
All-Print (SP) e “Campo de Trigo Com Corvos”, Contos, Editora Design (SC), obra
finalista do prêmio Telecom, Portugal 2007, e “O Homem Que Virou Cerveja”, "Crônicas
Hilárias de um Poeta Boêmio", livro vencedor do Prémio Valdeck Almeida de
Jesus, Salvador Bahia, 2009, Giz Editorial, SP. Premiado nos Concursos Paulo
Leminski de Contos, Ignácio Loyola Brandão de Contos; Lygia Fagundes Telles
Para Professor Escritor, Prémio Biblioteca Mário de Andrade (Poesia Sobre SP),
Prémio Literal (Fundação Petrobrás), Prémio Instituto Piaget (Lisboa, Portugal/Cancioneiro
Infanto-Juvenil; Prémio Elos Clube/Comunidade Lusíada Internacional; Vencedor
do Primeiro Salão Nacional de Causos de Pescadores (USP), Prémio Simetria
Ficções e Fantástico, Portugal (Microconto).
Filme do mês de outubro: Viagem ao centro da terra
Trevor
Anderson (Brendan Fraser) é um cientista cujas teorias não são bem aceites pela
comunidade científica. Decidido a descobrir o que aconteceu com seu irmão Max,
que simplesmente desapareceu, ele parte para a Islândia juntamente com seu
sobrinho Sean (Josh Hutcherson) e a guia Hannah. Entretanto, a meio da expedição
eles ficam presos numa caverna e, na tentativa de deixar o local, alcançam o
centro da Terra. Lá eles encontram um exótico e desconhecido mundo perdido.
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
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