sábado, 12 de janeiro de 2013

Filme do mês de janeiro


Os seis sinais da luz

Na véspera do seu aniversário, Will Stanton (Ludwig) não só descobre que tem novos poderes e responsabilidades, mas que ele é "O que Procura", o tão ansiado guerreiro. O sétimo filho do sétimo filho. O dia-a-dia de Will leva uma reviravolta quando fica a saber que está predestinado a salvar o mundo. Conta a lenda que um grupo de guerreiros imortais defende o equilíbrio terrestre entre a Luz e as Trevas. Esse grupo é liderado por Miss Greythorne (Conroy) e Merriman (McShane), cuja responsabilidade é guiar o jovem na sua descoberta, protegendo-o do misterioso Cavaleiro (Eccleston), que está na Terra para fazer erguer as Trevas. Para proteger a Luz os guerreiros dividiram os seus poderes em seis símbolos (madeira, bronze, ferro, água, fogo e pedra) e esconderam-nos através do tempo. Lançado para uma batalha entre a luz (o bem) e a escuridão (o mal) o nosso herói embarca numa viagem no tempo e atravessa séculos para encontrar os seis símbolos que libertam a luz e impedem que as Trevas se ergam... 

Poema do mês de janeiro



As fadas

Do seu longínquo reino cor-de-rosa,
Voando pela noite silenciosa,
A fada das crianças vem, luzindo.
Papoulas a coroam, e, cobrindo
Seu corpo todo, a tornam misteriosa.
À criança que dorme chega leve,
E, pondo-lhe na fronte a mão de neve,
Os seus cabelos de ouro acaricia -
E sonhos lindos, como ninguém teve,
A sentir a criança principia.

E todos os brinquedos se transformam
Em coisas vivas, e um cortejo forma:
Cavalos e soldados e bonecas,
Ursos e pretos, que vêm, vão e tornam,
E palhaços que tocam em rabecas...

E há figuras pequenas e engraçadas...
Que brincam e dão saltos e passadas...
Mas vem o dia, e, leve e graciosa,
Pé ante pé, volta a melhor das fadas
Ao seu longínquo reino cor-de-rosa.

Fernando Pessoa

Livros do mês de janeiro



O fantástico épico está novamente de parabéns com mais uma estreia literária de uma autora portuguesa que a Presença propõe ao seu público. Em A Saga das Pedras Mágicas os heróis, diz-nos Sandra Carvalho, têm uma profunda ligação à Natureza e aos Elementos, são apaixonados pela Vida e inteiramente determinados na sua coragem. A ação passa-se num tempo em que os sábios Druidas se recolhiam nas florestas para perpetuarem o Conhecimento que em eras passadas lhes fora transmitido pelos Seres Mágicos. O berço da heroína desta história, Catelyn, e dos seus cinco irmãos varões, situa-se na Grande Ilha, cada vez mais fustigada pelos ataques dos Viquingues. Os senhores locais formaram uma Aliança para os repelirem, consolidando essa política através de casamentos combinados entre os herdeiros das grandes famílias. Depois de uma infância paradisíaca, Catelyn cresce num mundo cada vez mais violento, assistindo impotente às manipulações da maldosa Myrna, a protegida do homem com quem o pai de Catelyn destinou casá-la.

Sandra Carvalho é uma jovem escritora que tem vindo a afirmar-se como uma criadora incontornável da high fantasy em língua portuguesa. A sua Saga das Pedras Mágicas, que a Presença tem vindo a publicar, desperta um interesse crescente e entusiástico entre os apreciadores do género, que aguardam sempre com enorme expectativa o volume seguinte. Até ao momento saíram já, em ritmo imparável, A Última Feiticeira, O Guerreiro Lobo, Lágrimas do Sol e da Lua, O Círculo do Medo e Os Três Reinos. A Sacerdotisa dos Penhascos é o seu sexto romance, que vem dar continuação à Saga.



No coração de Copenhaga, a livraria Libri di Luca é mais do que uma simples loja de livros velhos e usados. Quando o seu proprietário Luca Campelli morre de forma inesperada, o seu filho Jon, um proeminente advogado, ver-se-á envolvido num mistério inquietante.
Jon não planeia trocar a sua carreira pela livraria, mas, após uma tentativa de fogo posto à Libri di Luca, descobre que o pai era o líder de
uma sociedade secreta de leitores e amantes de livros, os Lectores, criada para preservar uma tradição oculta que remontava à época do esplendor da Biblioteca de Alexandria. Os Lectores eram pessoas dotadas de um misterioso poder, tão fantástico quanto perigoso, que lhes permitia seduzir o leitor com histórias extraordinárias, evocar mundos imaginados, mas também manipulá-lo e levá-lo a pensar exatamente aquilo que queriam. Quanto mais Jon descobre, mais fica com a certeza de que a morte do pai nada teve de natural. Haverá uma conspiração no seio dos Lectores? Após inúmeras questões que escapam à sua compreensão, o jovem advogado ver-se-á obrigado a investigar as suas raízes para salvar a própria vida.

Com a publicação de A Biblioteca das Sombras na sua Dinamarca natal, o jovem programador informático Mikkel Birkegaard viu-se catapultado para um sucesso inesperado: em apenas dez dias, o seu romance de estreia alcançou a lista de livros mais vendidos, tornando-se num bestseller e cativando o interesse mundial. Com traduções vendidas para mais de vinte países, os direitos cinematográficos estão já cedidos à mais importante companhia cinematográfica escandinava, havendo igualmente conversações com produtoras de Hollywood.


Com poucas palavras, Silverstein fala da relação entre o homem e a natureza, onde uma árvore oferece tudo a um menino, que a deixa de lado ao crescer ao mesmo tempo que se torna num homem egoísta. Mas para agradar ao menino que ama, a generosidade desta árvore não tem fim - ainda que isto signifique a sua própria destruição. Em primeiro plano, uma lição de consciência ecológica: o homem pequeno, mesquinho, frente à generosidade e à força da natureza. No entanto, a dinâmica que vemos entre o menino e a árvore fala também da passagem do tempo e dos valores que são reavaliados com ela. A árvore ensina, por meio do afeto, uma relação de troca sincera e desinteressada - essa que o homem parece desaprender com as exigências da vida adulta. Duas fortes qualidades aliam-se neste livro.

Shel Silverstein foi provavelmente o autor americano para crianças mais popular do século XX.
Artista verdadeiramente singular e multifacetado, Silverstein foi escritor, poeta, ilustrador, dramaturgo, letrista (uma das letras mais conhecidas terá sido “A Boy Named Sue” interpretada por Johnny Cash) e cantor. No entanto, são os seus livros infantis, que deliciaram milhões de leitores por todo o mundo, que o vão tornar internacionalmente conhecido como um dos autores mais celebrados e amados de todos os tempos, muitas vezes comparado a Edward Lear, Dr. Seuss e A.A. Milne.
Nascido em Chicago a 25 de Setembro de 1930, Sheldon Allan Silverstein começou desde cedo a escrever e a desenhar já que, como ele próprio disse:
“Preferia ter sido jogador de basebol ou ter sido um sucesso com as miúdas. Mas como não conseguia jogar nem dançar dediquei-me à escrita e ao desenho. Tive sorte em não ter ninguém por quem copiar ou que me impressionasse. Acabei por desenvolver um estilo próprio.”