Longe de ser o jovem mágico e voador de outrora, Peter Pan
cresceu no mundo dos humanos e é agora um contabilista com medo das alturas e
sem memória do seu passado na Terra do Nunca. Quando os seus filhos são
raptados pelo Capitão Gancho, Pan terá de enfrentar os seus medos e redescobrir
a eterna criança que um dia foi.
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Livro do mês de setembro
Uma mensagem secreta da Al-Qaeda faz soar as campainhas de
alarme em Washington. Seduzido por uma bela operacional da CIA, o historiador e
criptanalista português Tomás Noronha é confrontado em Veneza com uma estranha
cifra: 6AYHAS1HA8RU.
Ahmed é um menino
egípcio a quem o mullah Saad ensina na mesquita o carácter pacífico e
indulgente do islão. Mas nas aulas da madrassa aparece um novo professor com um
islão diferente, agressivo e intolerante. O mullah e o novo professor
digladiam-se por Ahmed e o menino irá fazer uma escolha que nos transporta ao
maior pesadelo do nosso tempo.
Baseando-se em
informações verídicas, José Rodrigues dos Santos confirma-se nesta obra
surpreendente como o mestre dos grandes temas contemporâneos. Mais do que um
empolgante romance, Fúria Divina é um impressionante guia que nos orienta pelo
labirinto do mundo e nos revela os tempos em que vivemos.
Este romance foi revisto por um dos primeiros operacionais da
Al-Qaeda.
José Rodrigues dos Santos nasceu em 1964, Moçambique. É
sobretudo conhecido pelo seu trabalho
como jornalista, carreira que abraçou em
1981, na Rádio Macau. Trabalhou na BBC, em Londres, de 1987 a 1990, e seguiu
para a RTP, onde começou a apresentar o 24 horas. Em 1991, passou para a
apresentação do Telejornal e tornou-se colaborador permanente da CNN entre 1993
e 2002.
Doutorado em Ciências
da Comunicação, é professor da Universidade Nova de Lisboa e jornalista da RTP,
tendo ocupado por duas vezes o cargo de Diretor de Informação da televisão
pública. É um dos mais premiados jornalistas portugueses, galardoado com dois prémios
do Clube Português de Imprensa e três da CNN, entre outros.
Com recurso ao texto poético e forma de adivinha, Ana
Saldanha e Gémeo Luís constroem um curioso álbum sobre a conceção, o
desenvolvimento intrauterino e o nascimento de um bebé, propondo, através do
texto e das ilustrações, um desafio aos leitores. O recurso à rima e a presença
do refrão “qual é a coisa, qual é ela?”, assim como os vocativos constantes ao
leitor, sublinham a dimensão oral de um texto no qual se vão somando pistas que
ajudam à descoberta do segredo. As ilustrações de Gémeo Luís, na técnica de
recorte que lhe é habitual, vão sugerindo, pelas imagens que surgem recortadas,
vários elementos relativos ao nascimento e solicitam uma leitura atenta, capaz
de olhar a imagem reproduzida e a nova forma que o ilustrador lhe dá.
Ana Saldanha nasceu em 1959, no Porto, tendo-se licenciado em Línguas e
Literaturas Modernas
(Português e Inglês). Tem o mestrado em Literatura Inglesa
pela Universidade de Birmingham e é atualmente leitora de Português na Universidade
de Glasgow. Ganhou o Prémio Literário Cidade de Almada com o seu romance Círculo Imperfeito e tem-se também
dedicado à tradução. Mas é sobretudo conhecida como autora de livros para
jovens, domínio em que se afirma como uma das vozes mais seguras e promissoras
do panorama português contemporâneo.
O tema central do livro, embora delicado, é extremamente atual:
uma rapariga de 15 anos que se envolve com um homem de 29 anos. A protagonista
feminina, Dulce, é uma "Lolita" do século XXI: rapariga adolescente,
antes uma criança gordinha, que se reinventa fisicamente mas que altera também
o seu interior para se adaptar às pessoas com as quais se cruza. Emocionalmente
uma criança, mas com corpo de mulher, utiliza o poder que a sociedade lhe dá
para seduzir um homem adulto sem pensar nas consequências. O protagonista
masculino, Eddie, não é exatamente o «Lobo Mau», mas veste muito a pele de
cordeiro: mais velho, mais experiente, é nitidamente um efebófilo. Sente o medo
de ser apanhado em falta e a ilegalidade da situação, mas está viciado na
excitação, no perigo e na adoração dela.
Um romance de superior
qualidade literária sobre um tema candente, que encara os problemas de frente
ao mesmo tempo que foge aos estereótipos.
Poema do mês de setembro
Panorama
Pátria vista da fraga onde nasci,
que infinito silêncio circular!
De cada ponto cardeal assoma
a mesma expressão muda.
É de agora ou de sempre esta paisagem
sem palavras,
sem gritos,
sem o eco sequer
duma praga incontida?
Ah! Portugal calado!
Ah! povo amordaçado
por não sei que mordaça consentida!
Miguel Torga
- S. Martinho de Anta - Portugal - 28 de Setembro de 1966
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